O brasileiro precisa colorir mais o seu prato na hora das refeições. Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, revelou que o consumo de carotenóides é abaixo da média em todas as regiões do país. A substância pode ser consumida a partir da ingestão de frutas, legumes e verduras e ajudam na prevenção de diversos tipos de doença.

“Os níveis prudentes de ingestão de carotenóides totais são de 9.000 a 18.000 microgramas por dia. A pesquisa revelou que a média de consumo nacional foi de 4.117 microgramas por dia”, explicou Rodrigo Dantas Amâncio, mestre em ciência e tecnologia de alimentos e responsável pelo estudo.

Para suprir a falta destes nutrientes, bastaria um prato de salada de agrião, brócolis e cenoura, além de uma fruta na sobremesa. O consumo precisa acontecer com bastante frequência, inclusive, nas refeições realizadas na rua.

A pesquisa fala ainda que o brasileiro passa por um processo de transição nutricional e que se por um lado os índices de desnutrição diminuíram, por outro a obesidade na população adulta feminina dobrou e na masculina é quatro vezes maior, se comparados com os índices de 1970.

Para evitar o sobrepeso e também a carência de nutrientes, a ingestão de carotenóides é indispensável. Alimentos como tomate e seus derivados, manga, cenoura, acerola, cajá, goiaba, mamão, abóbora, alface, agrião, couve e milho são apenas alguns exemplos dos alimentos que podem melhorar as refeições.

Classe social

A pesquisa avaliou também o consumo de carotenóides nas diversas classes sociais e mostrou que pessoas com as melhores rendas e escolaridade se alimentam melhor. A população de baixa tende a consumir uma maior taxa de doces, refrigerantes e frituras, por exemplo.