O 'Efeito Metrô' nas corridas de rua

Harry Thomas Jr
Adicionada em 01 de agosto de 2016
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Costumo chamar de “Efeito Metrô”. É aquele em que vemos o povo brasileiro até mais organizado que nossos queridos orientais. É sabido que em nossas metrópoles, e hoje em dia até em cidades pequenas, somos inundados por bitucas de cigarros, chicletes grudados debaixo de bancos de praças e mesas, um papelzinho aqui que vira uma bolinha que é jogada ali sem ‘perceber’. E sabemos que isso muito acontece em nossas ruas.

Mas o povo, o mesmo que faz sujeira na rua, ao entrar no metrô muda sua postura – e como muda. Passa a ser um dos mais civilizados povos do mundo no quesito limpeza.

Basta testar: jogue algo no chão e observe quantos olhares de reprovação você receberá.

Eu transporto o “Efeito Metrô” para a organização de corridas de rua. Basta ver uma organizadora que aplique a verba de maneira focada e com qualidade e eis o resultado de uma Asics Golden Run, domingo, 31, na cidade de São Paulo, uma prova de “classe mundial”, mesmo com o percurso seletivo.

É o “Efeito Metrô” se impondo. Organizadora que cuida bem dos seus atletas-consumidores recebe corredores contentes e felizes.

Óbvio que havia lixo, mas havia respeito da maioria por baias, filas organizadas (!) para tirar foto do logo da prova, tratamento cordial e educado, entre outras ações de cidadania demonstradas pelos corredores.

Enfim: no “Efeito Metrô”, a roda gira para o bem.

 

Harry Thomas Jr

Harry Thomas Jr

Jornalista especializado em corridas de rua desde 1999, Harry competiu pela primeira vez em 1994 e desde então já completou 31 maratonas – sendo três sub 3 horas: São Paulo (2h59min30), Nova York (2h58min20) e Blumenau (2h58min10). Também concluiu seis Ultratrails: 60K Ultratrail Putaendo, 67K Ultratrail Torres del Paine, 50K Indomit Costa Esmeralda e os 50K Ultra Fiord por três vezes. Já correu em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Grécia e Japão.

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