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Como correr em segurança com um carrinho de bebê

Adicionada em 22 de agosto de 2016

Logo que nasce o bebê, mamães e papais corredores não veem a hora de poder levar seus pequenos para o treino. Além de poderem seguir com suas planilhas de treinamento, é um momento diferente de interação com a criança. Porém, é preciso se atentar a algumas recomendações importantes para que seja sempre um passeio seguro e prazeroso.

Idade certa: De acordo com o ortopedista infantil Felippi Guizardi Cordeiro, o ideal é que o bebê já tenha uma boa sustentação de pescoço e tronco, o que acontece a partir dos 6 meses. “Os pais precisam avaliar bem o risco junto a um pediatra antes de se aventurar na corrida, pois se a musculatura da criança não estiver bem desenvolvida, pode sobrecarregar sua coluna”, alerta o especialista.

Escolha do local do treino: como nossas calçadas e ruas costumam ter muitos desníveis, o recomendado é fazer os treinos em parques, que geralmente são planos e possuem um asfalto mais bem cuidado. “O excesso de trepidação pode prejudicar o bebê e até causar um acidente se o pai ou a mãe passar com o carrinho por um buraco muito grande”.

 

 

Escolha do carrinho: Segundo o papai atleta Rafael de Souza Cremaschi, é preciso ter um carrinho adequado para isso, caso contrário você pode colocar a saúde do seu filho(a), e também a sua, em risco. “Tem que ser um modelo de triciclo, com rodas maiores, como pneus de bicicleta, que possam ser enchidos”, explica ele.

“Outra dica importante é travar a roda da frente para evitar que ela vire bruscamente”, alerta Rafael. Segundo ele, isso não dificulta o atleta de fazer curvas e dá mais segurança. Cinto de segurança também é item obrigatório.

Para evitar que o corredor fique curvado, o apoio para segurar o carrinho deve ser mais alto que o comum. “A mudança na postura da corrida pode prejudicar a coluna do atleta e sobrecarregar sua musculatura lombar”, alerta o ortopedista.

Adaptação: Antes de levar a criança para um treino longo de fim de semana, o pai ou a mãe devem começar aos poucos, alternando caminhadas com trotes bem leves. Conforme forem ganhando confiança, podem ir aumentando a velocidade, mas sem exageros, e de preferência em locais que o atleta já conheça o percurso.

“O máximo que faço com meu filho são treinos de 10 km. Acima disso ainda não tive coragem”, diz Rafael. “Nos primeiros 3 km, ele dá risada e se diverte. Depois disso, ele cai num sono profundo”, conta ele.

Cuidados com a criança: Deve-se evitar levar o pequeno(a) em horários de sol intenso, assim como em dias de baixas temperaturas, muito vento e probabilidade de chuva. “Importante lembrar também de sempre levar água e algum alimento para a criança, como uma fruta”, recomenda o médico.
Fonte: Felippi Guizardi Cordeiro, Ortopedista infantil da Clínica Dra. Denise Lellis