Antes e Depois: corrida em lugar da comida

Adicionada em 21 de agosto de 2013

Por Olavo Guerra

Café da manhã: uma lata de refrigerante e um salgado. Almoço: muita carne vermelha e batatas fritas, acompanhadas de mais Coca-Cola. Lanche da tarde: o mesmo do desjejum. Jantar o mesmo do almoço – mas o refri dava lugar à cervejinha e petiscos, de quarta até domingo.

Essa era a dieta do coordenador de compras Wagner de Oliveira, 28, morador de Seropédica, no Rio de Janeiro – com 102 quilos na época. Ele garante que, por dia, tomava três litros de refrigerante. A cerveja começou nos dias de futebol – quarta-feira e fins de semana – e depois se estendeu para quinta e sexta, mesmo sem nenhuma companhia. “Com tudo isso, não há corpo que aguente”, afirma.

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Na época, com 27 anos, ele resolveu mudar a sua vida. “Já não estava me sentindo bem, não conseguia comprar nenhuma roupa que gostava, pois nunca tinha o meu tamanho”, disse o coordenador. “A brincadeira dos amigos começou a me incomodar, foi quando prometi a mim mesmo que era hora de mudar”, contou.

Vestindo sua camiseta GG e sua calça tamanho 52, foi a um endocrinologista, que o pediu que fizesse uma bateria de exames. O resultado assustou. “Ficou constatado uma esteatose hepática[acumulo de gordura]. Traduzindo, eu estava quase sem fígado, me encaminhando para uma cirrose”, relata.

De acordo com o médico, o fígado de Oliveira já não conseguia mais absorver a quantidade de álcool e gordura que ele estava ingerindo. O sedentarismo piorava ainda mais a situação e ele corria risco de vida.

“Foi como um tiro no peito escutar isso”, ressalta Wagner. A ele, foi receitado um remédio para tratar o órgão debilitado e, ao mesmo tempo, o coordenador passou por uma nutricionista e iniciou suas atividades físicas.

“Entrei em uma dieta radical e comia de três em três horas”, garante. Os salgados e frituras deram lugar a uma alimentação balanceada, com frutas, legumes, verduras, frango, peixe e carne vermelha – esta, apenas uma vez por semana. O refrigerante foi substituído por muita água e suco natural e sem açúcar.

Oliveira começou a fazer natação e caminhadas na esteira cinco vezes por semana. “Meu condicionamento físico foi melhorando, o excesso de gordura diminuindo e minha disposição aumentando.” A esteira já não era páreo para o coordenador, que começou a correr na ciclovia e voltou para a musculação.

Em apenas três meses, ele perdeu 22 quilos e todas as suas roupas. Vestido com sua camiseta M e bermuda tamanho 40, ele voltou para o mesmo médico que disse que ele não podia continuar daquele jeito. “O doutor me disse ‘parabéns, Wagner, você está curado e seu fígado está novo em folha’”, conta.

Mais oito quilos foram perdidos, completando 30 no total. “Estou há um ano sem beber uma gota de álcool e com a alimentação em dia”, frisa.

Depois de perder os quilos indesejáveis, Oliveira começou a se dedicar ainda mais à corrida. Em janeiro deste ano correu sua primeira prova de 5 km e completou em 27 minutos. Desde então, mais dez corridas foram superadas e seus tempos não param de melhorar.

Ele contou qual é a sua nova rotina. “Acordo às 5h10 e corro de segunda, quarta e sexta. Terça, quinta e sábado é dia de musculação e domingo, uma pedalada só para relaxar.” A meta é correr duas provas por mês, de acordo com o coordenador, que busca um patrocínio para suas corridas.

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