OMS atualiza recomendações para atividades físicas e pede mais tempo em movimento

Adicionada em 17 de dezembro de 2020

Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou pela primeira vez em dez anos suas recomendações gerais para a prática de atividade física. A entidade publicou uma lista com suas novas diretrizes sobre a atividade física para diferentes grupos da população no British Medical Journal

O novo documento reforça a importância do exercício e indica que as pessoas precisam se movimentar mais todos os dias. Para fornecer informações atualizadas sobre danos à saúde causados pelo sedentarismo, a OMS levou em conta as evidências científicas dos últimos anos.

Assim, a entidade trouxe novas recomendações a respeito da quantidade de esforço físico que deve ser incluído na rotina e como fazer isso.

“Ser fisicamente ativo pode adicionar anos à vida e vida aos anos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em um comunicado. “Cada movimento conta, especialmente agora que gerenciamos as restrições da Covid-19. Devemos todos nos mover todos os dias – com segurança e criatividade”.

As principais conclusões das novas recomendações são:

  • Qualquer atividade física é melhor do que não fazer nada;
  • Torne-se mais ativo ao longo do dia de maneiras relativamente simples para atingir as quantidades de atividades recomendadas;
  • A falta de atividade física é um dos principais fatores de risco para mortalidade por doenças não transmissíveis. Pessoas sedentárias podem ter um risco até 30% maior de morte precoce em comparação com aquelas que são ativas;
  • Essa não é uma recomendação apenas para a população. A OMS pede para que os países e comunidades criem mais oportunidades para que as pessoas tornem-se mais ativas e que apresentem políticas voltadas para o aumento da atividade física.

As orientações anteriores da OMS sugeriam 10 minutos como a duração mínima de uma única sessão de exercícios, mas foram substituídas por ‘qualquer quantidade de exercícios é melhor do que não fazer nada’.

No mundo, aproximadamente 25% dos adultos e 80% dos adolescentes não atingem os níveis recomendados de atividade física, observou o documento.

Isso tem um impacto potencial significativo na saúde, incluindo incidência de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão e função cognitiva. Para os jovens, menos atividade pode afetar o crescimento e o desenvolvimento saudáveis, de acordo com o relatório.

Entre as principais orientações da OMS para os diferentes grupos populacionais estão:

Adultos – 18 a 65 anos (incluindo aqueles com doenças crônicas ou deficiências):

De 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana. É ideal fazer também atividades de fortalecimento muscular que envolvam todos os principais grupos musculares em dois ou mais dias por semana.

Idosos – mais de 65 anos – (incluindo aqueles com doenças crônicas ou alguma deficiência):

Os idosos devem se manter ativos enquanto se sentirem bem. Assim, é recomendado que realizem atividades físicas, exercícios que ajudem no equilíbrio funcional, além do treinamento de força em três ou mais dias da semana.

Crianças e adolescentes – 5 a 17 anos (incluindo aqueles com alguma deficiência):

Crianças e adolescentes devem fazer, ao menos, 60 minutos por dia de atividade física com intensidade moderada a vigorosa. Atividades que fortalecem músculos e ossos devem ser incorporadas pelo menos três dias por semana.

Mulheres grávidas ou no pós-parto:

É recomendado, pelo menos, 150 minutos de atividade física de intensidade moderada semanalmente e incorporar uma variedade de práticas aeróbicas e de fortalecimento muscular. É importante também fazer alongamentos.

Mulheres que antes da gravidez eram fisicamente ativas podem continuar as atividades durante a gravidez e, no período pós-parto, devem se adaptar de acordo com as orientações profissionais.

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Restrições

Para quem apresenta doenças crônicas ou algum tipo de deficiência, a OMS recomenda começar com pequenas quantidades de atividade física e aumentar gradualmente a frequência, intensidade e duração. A entidade também ressalta a importância de consultar um profissional de saúde especialista na condição antes do início da prática.

Pela primeira vez, as recomendações da OMS incluem populações específicas, incluindo mulheres grávidas e que acabaram de ter bebês, pessoas que vivem com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e pessoas que vivem com alguma deficiência.