Maratonista mobiliza doação de sangue

Adicionada em 15 de fevereiro de 2016

O corredor Wilson Duarte, de 62 anos, descobriu um incentivo a mais para encarar as dezenas de quilômetros que ele percorre nas provas. Desde o ano passado, o maratonista veterano tem aliado as corridas em que participa com campanhas beneficentes na internet. A cada novo desafio, uma campanha diferente, sendo a mais recente a de doação de sangue para o Instituto de Hematologia de Londrina, cidade do norte do Paraná onde mora o atleta.

“Soube que os bancos de sangue deles estão sem estoque, então resolvi ajudar criando um novo desafio: vou correr uma prova de 30 km se conseguir três doações para cada mil metros percorridos, totalizando, no mínimo, 90 doações”, conta ele, que espera conseguir bem mais. A prova em questão é a Naventura Ouro Fino, que acontece neste sábado, dia 20, em Campo Largo (PR).

A campanha foi lançada no perfil de Wilson no Facebook, mas não se restringe apenas a seus amigos. A intenção do maratonista é atingir o maior número de pessoas e colaborar, assim, não só com o hemocentro de sua cidade.

Quem quiser participar, basta enviar uma foto para ele pela rede social comprovando a doação. O desafio foi lançado no dia 9 de fevereiro e, até o momento em que fechamos a matéria, Wilson já tinha conseguido 35 doadores.

Ao final, cada um deles será presenteado com um brinde. “Ainda é surpresa, ninguém sabe o que será”, conta entusiasmado.

Desafios de ontem e de amanhã
Não é a primeira vez que Wilson faz uma campanha como essa. No ano passado, ao ouvir um amigo dizer que preferia pagar alguém para correr por ele, o atleta resolveu vender os 84 km de uma ultramaratona que ele disputou em Santa Catarina. Nessa brincadeira, Wilson arrecadou R$ 7.140, que foram doados ao Centro de Apoio a Pacientes com Câncer (CAPC).

Tempos depois, ele soube que o Instituto do Câncer precisava de papel sulfite, e decidiu trocar cada km rodado por 10 pacotes com 500 folhas. “Arrecadei no final 108 pacotes”, diz orgulhoso de sua conquista.

Para este ano, além da campanha de doação de sangue, Wilson já programou novos desafios. “Em junho vou leiloar os kms de uma prova e doar ao CAPC, em agosto vou correr uma maratona e talvez peça fraldas descartáveis para um asilo aqui da minha cidade, e, em outubro, vou participar de uma corrida em que o tema será “50 km de suor, 10 toneladas de amor”, pois quero arrecadar 200 sacos de cimento também para CAPC”.

Seja qual prova for, uma coisa é certa: se continuar assim, nunca vai faltar incentivo para Wilson continuar a correr.